Rio busca acordo com Tether e Bybit para incluir USDT no turismo
O Rio de Janeiro está dando um passo interessante ao se aproximar da Tether, a empresa por trás da stablecoin USDT. O objetivo? Criar um sistema de benefícios que atenda aos turistas que visitam a cidade. A ideia é modernizar o jeito que essas pessoas realizam pagamentos e aproveitam os serviços, unindo inovação com turismo.
Nessa parceria, a exchange Bybit também entra em cena. Juntas, elas pretendem integrar o USDT em iniciativas como o VisitRio, o programa oficial de promoção turística da cidade. Isso significa que os turistas poderão usar criptomoedas para pagar pela estadia, refeições e passeios. E tem mais: quem optar por pagamentos digitais ainda poderá ganhar descontos e bônus em USDT.
Esse movimento se fortaleceu após a Bybit anunciar uma colaboração estratégica com a Tether para impulsionar o uso de criptomoedas no Brasil. Uma das ações dessa aliança é o patrocínio do Blockchain Rio, um dos eventos mais importantes da América Latina sobre blockchain. Além disso, novos usuários da Bybit poderão aproveitar bonificações em USDT, ajudando a introduzir mais brasileiros e estrangeiros nesse mundo das criptos.
Por trás desse projeto, há uma intenção de educar a população. A Bybit vai lançar programas de “Learn to Earn”, onde as pessoas que participarem de cursos sobre blockchain serão recompensadas com criptomoedas. Além disso, workshops e seminários em universidades vão buscar engajar estudantes, desenvolvedores e empreendedores nesse novo universo.
Rio de Janeiro e criptomoedas
O VisitRio, gerido pela Riotur, foi criado para valorizar a cidade e facilitar o acesso a informações sobre suas atrações turísticas. O novo Country Manager da Bybit no Brasil, Israel Buzaym, acredita que essa união pode tornar as criptomoedas parte do dia a dia dos brasileiros, que já demonstraram estar abertos a inovações.
Essa abordagem também reflete uma tendência maior no turismo digital, onde opções de pagamento alternativas podem ser um grande diferencial. A ideia é que, ao oferecer vantagens financeiras, o Rio não só melhore sua imagem, mas também ajude o comércio local a prosperar.
Desde o início de 2022, o Rio de Janeiro tem tentado integrar criptoativos e blockchain em suas políticas públicas. O prefeito Eduardo Paes anunciou a iniciativa “CriptoRio”, prometendo investir 1% do Tesouro em Bitcoin e até estudar um desconto no IPTU para quem pagar com cripto.
A ideia levou à formação de um grupo de trabalho focado em tornar a cidade um centro nacional de cripto, seguindo o exemplo de Miami. Em outubro de 2022, foi publicado um decreto que permitiu que a partir de 2023, contribuintes pudessem pagar o IPTU com criptoativos, com liquidação imediata em real para o município e sem custos adicionais.
Essa estratégia recebeu forte apoio do Secretário de Inovação, Chicão Bulhões, que colocou a blockchain como uma prioridade na agenda de inovação da cidade. Sob sua direção, o Rio focou em criar um ecossistema robusto no Porto Maravalley, onde a taxa de ISS foi reduzida de 5% para 2%, atraindo empresas como Transfero, Fundação Tezos e Binance. Além disso, a Invest.Rio deve firmar um acordo com a Solana para ações no território, e a abertura do IMPA Tech visa formar mão de obra qualificada para o universo Web3.
O Estado do Rio de Janeiro também está se movimentando. Em março de 2021, governos estadual e municipal firmaram um protocolo de intenções com a Nasdaq e a GEAP para criar, na capital, uma bolsa de créditos de carbono. Essa iniciativa busca conectar mercados ambientais, DeFi e infraestrutura digital, e faz parte do plano de transformar o Rio em um polo financeiro verde e tecnológico.